Pixinguinha

 Amores, fiquem com um dos músicos brasileiros mais geniais de todos os tempos : Pixinguinha.

Biografia

 

Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha (Rio de Janeiro4 de maio de 1897 — Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973), foi um maestroflautistasaxofonistacompositor e arranjador brasileiro.[1][2]

 

Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira. Contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma



Pixinguinha aos 25 anos.

Pixinguinha era filho do músico Alfredo da Rocha Vianna, funcionário dos correios, flautista e que possuía uma grande coleção de partituras de choros antigos.[3] Aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos músicos, entre eles o China (Otávio Vianna). Foi ele quem obteve o primeiro emprego para o garoto, que começou a atuar em 1912 em cabarés da Lapa e depois substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio Branco. Nos anos seguintes continuou atuando em salas de cinema, ranchos carnavalescos, casas noturnas e no teatro de revista.

Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito Batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como

 Francisco AlvesMário Reis e Carmen Miranda. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias.

Quando compôs Carinhoso, entre 1916 e 1917 e Lamentos em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Outras composições, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo" e "Sofres porque Queres".

Pixinguinha passou os últimos anos de sua vida em Ramos, bairro que adorava,[4] e morreu na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando seria padrinho em uma cerimônia de batismo. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma.

Pixinguinha estudou no Instituto Nacional de Música (instituição incorporada à Universidade do Brasil, que atualmente é a Universidade Federal do Rio de Janeiro).[5]

Composições

·        A pombinha (com Donga)

·        A vida é um buraco

·        Aberlado

·        Abraçando Jacaré

·        Acerta o passo

·        Aguenta, seu Fulgêncio (com Lourenço Lamartine)

·        Ai, eu queria (com Vidraça)

·        Ainda existe

·        Ainda me recordo

·        Amigo de povo

·        Assim é que é

·        Benguelê

·        Bianca (com Andreoni)

·        Buquê de flores (com W. Falcão)

·        Cafezal em flor (com Eugênio Fonseca)

·        Carinhos

·        Carinhoso (com João de Barro)

·        Carnavá tá aí (com Josué de Barros)

·        Casado na orgia (com João da Baiana)

·        Casamento do coronel Cristino

·        Céu do Brasil (com Gomes Filho)

·        Chorei

·        Chorinho no parque São Jorge (com Salgado Filho)

·        Cochichando (com João de Barro e Alberto Ribeiro)

·        Conversa de crioulo (com Donga e João de Baiana)

 

 

 ROSA


https://www.youtube.com/watch?v=MlJRNlR0Nec

Rosa (part. Orlando Silva)

Pixinguinha

Tu és
Divina e graciosa, estátua majestosa
Do amor, por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma, da mais linda flor, de mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor

Se Deus
Me fora tão clemente aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela, deslumbrante e bela
O teu coração junto ao meu, lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito teu

Tu és

A forma ideal, estátua magistral, ó alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és
De Deus, a soberana flor
Tu és
De Deus, a criação, que em todo coração sepultas o amor
O riso, a fé, a dor, em sândalos olentes, cheios de sabor
Em vozes tão dolentes, como um sonho em flor

És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo, enfim, que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza

Perdão

Se ouso confessar que eu hei de sempre amar-te
Ó flor, meu peito não resiste
Ó meu Deus, quanto é triste
A incerteza de um amor que mais me faz penar e em esperar
Em conduzir-te um dia ao pé do altar

Jurar
Aos pés do Onipotente, em prece comovente
De dor, e receber a unção de tua gratidão
Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos
Hei de te envolver até meu padecer de todo fenecer

 

 

Se ouso confessar que eu hei de sempre amar-te
Ó flor, meu peito não resiste
Ó meu Deus, quanto é triste
A incerteza de um amor que mais me faz penar e em esperar
Em conduzir-te um dia ao pé do altar

Jurar
Aos pés do Onipotente, em prece comovente
De dor, e receber a unção de tua gratidão
Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos
Hei de te envolver até meu padecer de todo fenecer

Carinhoso

Canção de João de Barro e Pixinguinha



Meu coração, não sei por quê
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim foges de mim

Ah, se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz

 


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