O LIXO EXTRAORDINÁRIO TAMBÉM PODE SER SEU !

Queridos :

Todos os dias, toneladas de lixo são levadas aos lixões e aterros sanitários de nosso país. Em um ambiente totalmente insalubre, catadores de lixo tentam sobreviver. Assistam a este emocionante vídeo e vejam como a arte pode vir dos lugares mais inimagináveis e tornar-se um luxo. Após assisti-lo, faça uma lista dos aspectos mais relevantes , de acordo com o seu ponto de vista. Bom trabalho !



2. Leiam essa reportagem , As questões serão postadas no google forms.



Vicente José de Oliveira Muniz, ou como prefere ser chamado após anos radicado nos Estados Unidos, Vik Muniz, é um artista plástico brasileiro que em pouco mais de noventa minutos conta a história de toda uma população que leva uma vida ao redor e por causa do lixo no Jardim Gramacho, o maior aterro sanitário da América Latina, localizado no Rio de Janeiro. O projeto tem como único objetivo ser ovacionado pelo público estrangeiro, já que seu formato e narrativa acenam comercialmente para o mercado norte-americano, desde a escolha da cena que abre o documentário (um trecho de uma entrevista com Jô Soares, cujo programa segue o modelo semelhante aos do talk shows dos Estados Unidos), o desenrolar que é narrado em inglês pelo fotógrafo brasileiro (tanto em conversas com seus assessores e parentes, todos brasileiros) e a história de salvador que fica subjetivamente entregue nas entrelinhas.

Vik Muniz no Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro (Imagem: Divulgação / Downtown Filmes)

Logo nos primeiros minutos o público é apresentado a Vik Muniz e como o artista viu sua carreira saltar de um ponto ao outro quando resolveu criar a série Crianças de Açúcar, retratos de crianças de famílias de baixa renda que cortam canas de açúcar em St. Kitts, no Caribe. O trabalho foi reconhecido internacionalmente após Muniz ter a sacada de trabalhar as fotografias utilizando apenas açúcar, elemento que faz parte do cotidiano dos jovens retratados e que trazem referência tanto à inocência da infância quanto ao material que os submete à pobreza.

Em Lixo Extraordinário, Muniz decide ajudar a comunidade carioca que trabalha no Jardim Gramacho, descritos por eles mesmos como "catadores de materiais recicláveis". Aos 30 minutos de produção, o documentário fisga o público a partir do momento em que se torna uma experiência imersiva, e não vista superficialmente como um filme de caridade. Há muito material e história por trás da obra que dará àquele povo melhores condições de vida. Mérito da diretora Lucy Walker humanizar a narrativa e colocar o "dedo na ferida" quando necessário, acompanhando e contando a história de cada uma das pessoas que trabalha diariamente no meio de materiais que o restante da população descarta.



As fotos dos trabalhadores que tornarão-se obras de arte nos próximos minutos da produção (Imagem: Divulgação / Downtown Filmes)

Além do lixo e da rotina com recicláveis, Lixo Extraordinário explora as relações interpessoais entre os trabalhadores do Jardim Gramacho, aprofundando-se em suas vidas, dificuldades e até mesmo vitórias de quem acumula quase três décadas de experiência no aterro. Em depoimentos com os mais diversos personagens, o espectador é apresentado à mais desconfortável e desesperançosa realidade de uma população inteira que sente cada conquista da maneira mais genuína e sincera.

Lixo Extraordinário visa apresentar muito mais ao público do que o processo de criação de quatro gigantes retratos feitos a partir de lixo e materiais recicláveis e que, posteriormente, viriam a ser vendidos por valores milionários. O documentário preocupa-se em transmitir através de depoimentos, narrativas e diversos enquadramentos um dia a dia que está longe de ser a realidade de muitas pessoas no Brasil, mas que facilmente é ignorada por boa parte da população.


Uma das obras finalizada no Jardim Gramacho e que, mais tarde, foi leiloada e vendida por milhares de reais (Imagem: Divulgação / Downtown Filmes)

A experiência, por mais que desconfortável e de se assistir em silêncio, é inigualável; parte do mérito é responsabilidade da edição de Pedro Kos e fotografia de Ernesto Herrmann e Dudu Miranda. Lixo Extraordinário foi lançado há uma década e chegou a ser reconhecido com uma indicação ao Oscar do ano seguinte na categoria documenta.




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