Gênero reportagem - Ansiedade e depressão em tempos de pandemia

 Queridos : A reportagem é um gênero importante na comunicação de massas e cumpre um papel decisivo na formação de opiniões. Veja um pouco mais sobre este assunto :

O que é reportagem?

reportagem é um gênero textual jornalístico não literário veiculado nos meios de comunicação: jornais, revistas, televisão, internet, rádio, dentre outros.

Esse tipo de texto tem o intuito de informar, ao mesmo tempo que prevê criar uma opinião nos leitores. Portanto, ela possui uma função social muito importante como formadora de opinião.

Embora a reportagem possa ser expositiva, informativa, descritiva, narrativa ou opinativa, ela não deve ser confundida com a notícia ou os artigos opinativos.

Assim, uma reportagem é expositiva e informativa, pois tem o propósito de expor informações sobre um determinado assunto para informar o leitor.

Ela também pode ser descritiva e narrativa, uma vez que descreve ações e incluem tempo, espaço e personagens.

Por fim, a reportagem é também um texto opinativo, uma vez que apresenta juízos de valor sobre o que está sendo discorrido.

Vale lembrar que o repórter é a pessoa que está responsável por apresentar a reportagem que aborda temas da sociedade em geral.

Principais características da reportagem

  • Textos escritos em primeira e terceira pessoa;
  • Presença de títulos;
  • Foco em temas sociais, políticos, econômicos;
  • Linguagem simples, clara e dinâmica;
  • Discurso direto e indireto;
  • Objetividade e subjetividade;
  • Linguagem formal;
  • Textos assinados pelo autor.
  • Estrutura básica da reportagem

    A estrutura básica dos textos jornalísticos é dividida em três partes:

    1. Título principal e secundário: as reportagens, tal qual as notícias, podem apresentar dois títulos, um principal e mais abrangente (chamado de Manchete), e outro secundário (uma espécie de subtítulo) e mais específico.
    2. Lide: na linguagem jornalística a lide corresponde aos primeiros parágrafos dos textos jornalísticos, os quais devem conter as informações mais importantes que serão discorridas pelo autor. Portanto, a lide pode ser considerada uma espécie de resumo, onde as palavras-chave serão apontadas.
    3. Corpo do texto: desenvolvimento do texto, sem perder de vista o que foi apresentado na Lide. Nessa parte, o repórter reúne todas as informações e as apresenta num texto coeso e coerente.
    4. Agora vamos ler  uma reportagem bastante interessante sobre como a depressão e a ansiedade atingiu especialmente os jovens e as mulheres nesta pandemia. Depois de ler, destaque :O lide e poste os seus comentários sobre o tema. Bom trabalho.
  • FOLHA DE SÃO PAULO -19/9/2021

    Jovens e mulheres são os mais afetados por depressão e ansiedade na pandemia

     

    CLÁUDIA COLLUCCI – 3 horas atrás

     

     

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Jovens entre 16 e 24 anos e mulheres foram os que tiveram a saúde mental mais afetada durante a pandemia de Covid-19, aponta pesquisa Datafolha. Entre os jovens, 56% relataram sintomas de depressão e ansiedade. Entre as mulheres, 53%.

    Ao todo, 44% dos 2.055 brasileiros entrevistados nas cinco macrorregiões do país declararam ter enfrentado esses problemas emocionais.  A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

    O levantamento faz parte de uma campanha realizada pela Abrata (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) e Viatris, empresa global de saúde, para o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio.

    Há outros indicativos de que o brasileiro está preocupado com a saúde mental. As buscas pelo tema no Google Brasil em 2021 chegaram ao seu maior patamar desde 2006. O tema mais buscado foi ansiedade, seguido de depressão.

    O Brasil foi o país que mais fez pesquisas por ansiedade em todo mundo desde janeiro de 2021 na plataforma. São Paulo e Rio de Janeiro encabeçaram a lista de cidades que mais buscaram o assunto em todo o planeta, seguidas por Los Angeles, Londres e Chicago.

    Segundo a psiquiatra Alexandrina Meleiro, membro do conselho científico da Abrata, mesmo com esse cenário apontado pela pesquisa Datafolha e outros estudos sobre o impacto da pandemia na saúde mental das pessoas, não há nenhuma ação dos governos federal, estaduais e municipais para o enfrentamento dessa situação.

    "Na maioria das unidades de saúde não há atendimento psicológico ou psiquiátrico. As pessoas que procuram esses serviços com sintomas de pânico, de depressão e de ansiedade voltam para casa sem atendimento adequado."

    Segundo ela, a atenção primária precisa estar mais bem preparada para fazer o primeiro atendimento e encaminhar os casos caracterizados como urgências psiquiátricas para locais que possam atendê-los adequadamente. "Mas o que eu mais ouço é: 'Fui lá e não me atenderam" ou "Fui lá e me mandaram embora."

    A pesquisa Datafolha também mostra que a conscientização dos brasileiros sobre o tema depressão ainda é deficiente. Pouco mais da metade dos entrevistados (53%) considera muito importante oferecer suporte a quem esteja passando pela doença, e 10% não souberam agir diante de um conhecido com depressão.

    Dos que passaram por ansiedade ou depressão durante a pandemia, 62% tinham pessoas com quem contar. Quase todos (96%) concordaram que a rede de apoio favorece a recuperação.

    Para Alexandrina Meleiro, cuidar da depressão, do transtorno bipolar e do abuso de substância é forma de prevenir o suicídio.

    "Praticamente todos aqueles que tentam ou cometem esse ato têm alguma doença psiquiátrica. As estatísticas mostram que mais da metade deles estavam em acompanhamento médico até uma semana antes do episódio."

    Ela afirma que quem pensa em suicídio quase sempre dá sinais, mas a maioria das pessoas não está preparada para identificá-los.  Essa é a segunda causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos no mundo.

    Idosos, indígenas, LGBTQIA+, médicos, policiais e membros das Forças Armadas também estão entre os grupos mais vulneráveis  ao suicídio no Brasil.

     

     

     

     


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