INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - LIVE DE 23/09
Inteligência emocional
O que é inteligência emocional
Inteligência emocional é o nome que se dá ao conjunto de competências
relacionadas a lidar com emoções. Mais especificamente, a como (e o quanto) se
percebe, processa, compreende e tem habilidade de gerenciá-las.
Dentre as competências que a IE compreende, estão, por exemplo, as
chamadas soft skills, especialmente
conectadas com as características que se “traz” às interações com os outros.
O papel de Daniel Goleman
Apesar de não ter introduzido o conceito de IE, Daniel
Goleman, psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, é o grande
responsável por popularizá-lo. Em 1995, quando atuava como jornalista
científico do New York Times, lançou o livro “Inteligência Emocional”, em que
traz à tona o embate entre o QE e o QI (Quociente de Inteligência).
Goleman descreve a inteligência emocional como a capacidade de uma
pessoa de gerenciar seus
sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e
eficaz. Segundo o psicólogo, o controle das emoções é essencial para
o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo. Seu modelo sobre a IE
foca em uma série de competências e habilidades que, de acordo com ele,
propiciam melhores desempenhos profissionais – inclusive, como líder.
Além disso, ele identifica 12 domínios como sendo os principais para
desenvolvê-la:
Autoconhecimento e inteligência emocional: entenda a relação dos dois
Qual é a relação de autoconhecimento e inteligência emocional?
Para começar a entender, é importante saber que a inteligência emocional tem
quatro pilares:
- Perceber emoções (suas e dos outros)
- Raciocinar a partir do que dizem as emoções (também suas e dos outros)
- Entender o que as emoções significam
- E gerenciar elas
É daí que vem o primeiro ponto da conexão.
Ter um bom nível de autoconhecimento ajuda a interpretar as
próprias emoções, entender o que elas, de fato, querem dizer, fazer conexões
com outros traços da sua personalidade, e, então, lidar da melhor forma com
elas.
De outro lado, os principais aprendizados oriundos do esforço de se
autoconhecer só são devidamente absorvidos quando se aceita sentir e falar
sobre dor, vergonha, medo, etc., emoções negativas de forma geral. Ou seja,
quando se é vulnerável.
A vulnerabilidade é o próximo link do autoconhecimento
com a inteligência emocional. A vulnerabilidade, ou se colocar em posição de
exposição emocional, é grande responsável pelas conexões mais
profundas que fazemos.
Isso porque é muito mais fácil se identificar com pessoas que assumem
erros, contam de momentos tristes e manifestam emoções. É bem mais difícil se
conectar com pessoas que não transparecem nenhuma emoção ou fracasso;
mostrar-se perfeito também é mostrar-se inatingível.
Por “se conectar”, você pode entender também “ter empatia”,
– capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros – um dos
principais componentes da inteligência emocional. É ela uma das grandes
responsáveis pela possibilidade de conexão significativa entre as pessoas.
Benefícios da IE, de acordo com a ciência
Há extensa pesquisa que fundamenta os benefícios de ter um nível alto de
IE, inclusive relacionando-a à traços de generosidade. Um estudo mostrou que
as pessoas com maior conhecimento sobre regulação emocional têm mais propensão
a pensarem no “bem social” quando em face de um dilema.
Além disso, a IE influencia o sentimento de bem-estar. Pesquisadores descobriram, por exemplo, que
existem relações inversas entre a capacidade de controle emocional e estresse
no ambiente de trabalho.
Ter habilidade de identificar e gerenciar as emoções próprias e dos
outros são atributos valiosos também para alcançar sucesso profissional,
segundo pesquisadores de
Harvard. O estudo, de mais de 20 anos, ainda mostrou que esta habilidade
caracteriza mais êxito na vida social.
Empreendedores com
bons níveis de IE também são mais resilientes quando
enfrentam obstáculos e lidam melhor com seus funcionários e clientes.
E os profissionais são melhores líderes. Uma análise que
compreendeu diversos documentos científicos revelou que há uma relação positiva
clara entre a IE e a eficácia da liderança nas empresas.
Dá para aumentar a inteligência emocional?
Embora existam aspectos permanentes que determinam o temperamento e a
personalidade – herança genética, por exemplo -,
Goleman defende que muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são
maleáveis e podem ser trabalhados, impactando o nível de inteligência
emocional.
Revisar mentalmente as habilidades que ela envolve e perceber em quais
precisa trabalhar é o primeiro passo para aumentá-la. O psicólogo defende que
o feedback externo também é um
ótimo medidor para se orientar e desenvolver a IE.
Como desenvolver a sua IE – 5 práticas
Em um artigo para o Harvard Business Review, o psicólogo Tomas
Chamorro-Premuzic, professor de psicologia empresarial na University College
London e na Columbia University, além de associado do Laboratório de Finanças
Empresariais de Harvard, recomendou cinco passos fundamentais para aumentar a
inteligência emocional.
#1 Transformar o autoengano em autoconsciência
A personalidade, e consequentemente a IE, se molda, principalmente, com
base na identidade e na reputação, explica Tomas. Para muitas pessoas existe
uma disparidade entre os dois, o que pode fazer com que eles ignorem
qualquer feedback negativo.
No entanto, a verdadeira autoconsciência consiste em conseguir ter uma
visão realista dos próprios pontos fortes e fracos. Isso não vai acontecer
sem feedback preciso, diz o psicólogo. Investir em avaliações
baseadas em dados, como testes de personalidade e pesquisas de feedback é uma boa.
#2 Transformar o foco em si próprio em foco nos outros
Segundo Tomas, para quem tem níveis mais baixos de IE, é difícil
visualizar as coisas pela perspectiva dos outros. Especialmente quando não há
escolha certa ou errada. Desenvolver uma abordagem centrada nos outros começa
com reconhecimento das forças, fraquezas e valores de cada um.
Em um contexto de trabalho, conversas frequentes com os membros da
equipe levarão a um entendimento melhor de como motivar e influenciá-los.
#3 Agir de forma que torne a convivência gratificante
A convivência com pessoas que têm mais altos níveis de IE tende a ser
vista como mais recompensadora. De acordo com o psicólogo, os mais
“recompensadores” tendem a ser mais cooperativos, amigáveis, confiantes e
altruístas.
Tomas diz que é importante garantir, sempre, um nível apropriado de
contato antes de pedir ajuda ou passar uma tarefa a alguém. Além disso,
procurar compartilhar conhecimento e recursos sem expectativa de reciprocidade.
#4 Controlar “explosões”
No mundo dos negócios, não é bom mostrar frustração sempre que surge um
problema inesperado, explica o psicólogo. Então, se você é uma pessoa que tem o
que ele chama de “muita transparência emocional”, é melhor se moderar.
Para fazer isso, é preciso perceber que situações tendem a desencadear
sentimentos negativos. Detectando seus gatilhos, “você consegue evitar
situações estressantes e inibir suas reações”, diz ele.
Procure trabalhar táticas que o ajudem a se tornar consciente sobre suas
emoções, em tempo real. Não só sobre a forma que as sente, também em termos de
como elas estão sendo vistas pelos outros.
#5 Mostrar humildade
Em questão de carreira, a autoconfiança, em certo grau, é vista como um
traço inspiracional. Porém, o psicólogo afirma que os melhores líderes são os que
parecem ser humildes. Estes transmitem segurança para a equipe.
“Encontrar um equilíbrio saudável entre assertividade e modéstia, demonstrando
receptividade ao feedback e capacidade de admitir os erros, é
uma das tarefas mais difíceis de dominar.”
Tomas explica que, no contexto profissional, é importante esconder a
arrogância – caso ela exista – e mostrar humildade. Mesmo que ela tenha de ser
fingida. Algumas atitudes a se considerar: acabar com o orgulho, escolher bem
as brigas e procurar oportunidades para reconhecer os outros.
Questões
1. Você se considera uma pessoa inteligente emocionalmente ?
2. Você observa suas emoções e seus pontos frágeis ?
3. Você fala sobre seus pontos vulneráveis ?
4. Como a vulnerabilidade pode levar à empatia ?
5. A autossuficiência ajuda ou atrapalha nas relações ?
6. Por que a inteligência emocional é importante na vida profissional ?
7 Destaque uma das dicas para fazer desenvolver sua inteligência emocional e fale sobre ela.
É bem legal saber que foi os insetos que deu nome de Camaçari
ResponderExcluirO nome Camaçari vem de uma árvore, mas que bom que você gostou do texto !
ExcluirMuito interessante esse tema e tudo o que ele nos ensina!😮🥰
ResponderExcluirFernanda do Carmo Silva 9° ano A
A escolas deveriam tratar mais desse tema, afinal tudo o que fazemos envolve emoções que podem ser positivas ou negativas.
ExcluirEu particulamente amo Humanas. Entender a mente, atitudes, emoções, sentimentos... Muito interessante ter este assunto debatido em aula.
ResponderExcluirRachel Barboza de Andrade 9 ° A
É verdade, Rachel, a base de nossas decisões é a emoção, embora pensemos que seja a razão.
ExcluirTer inteligência emocional é muito importante para,sabermos nos "controlar"em qualquer momento.
ResponderExcluirNicolle S.S do Nasc 9°A
Gostei desse tema,ele fala de diversas emoções que acontece dia a dia, não só isso como também ele fala da inteligência emocional,vulnerabilidade,Ter um bom nível de autoconhecimento que ajuda a interpretar as nossas próprias emoções e tbm ele fala da empatia–capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros.
ResponderExcluirEu sinceramente gostei desse tema
Marcos Vinicius Silva Santos 9°B
Uma pessoa emocionalmente inteligente identifica e encara, com domínio, as suas próprias emoções e as de outras pessoas, gerando grande satisfação no controle dos hábitos que induzem a produtividade. Com isso, o indivíduo tem mais facilidade de lidar com as turbulências da vida, mantendo a calma e pensando com clareza.
ResponderExcluirPablo Henrique de jesus ribeiro 9 A
Adorei esse tema de aula, creio que se todos se esforçarem para ter IE alto irá fazer muita diferença familiar e profissionalmente.
ResponderExcluirSara Amanda Ribeiro de Souza 9d